quarta-feira, 24 de junho de 2015

passado no passado


já não escrevo mais 
sobre meu ultimo ano
esse é meu último post(poema)
que fique escurecido
aqui você não vai encontrar
nada sobre ele
é tudo sobre mim
sobre o que senti
(ainda sinto)
passei da fase de ter
pena de mim mesma
o que tivemos (eu e ele)
se foi
e não voltará
não há amor
carinho
tesão
empatia
nada
só um resto de dor
desprezo
desesperança
pois eu confiei
eu acreditei
e fui enganada
hoje não consigo
nem amar, nem ser amada
e peço que me entenda
que releve minha loucura
sei
tudo passará
só não serei mais a mesma

lista de tarefas

desentalar palavras
controlar fogos
guardar espadas
engolir afetos
por último
mais importante
saber nadar

esquecer 
que te encontrei
me apaixonei
deixar partir

terça-feira, 23 de junho de 2015

sobrevidas

Escrevi uma carta de amor
Não sei se envio
Se posto no blog
Ou engulo como toda raiva
E rancor que ainda sinto
Que me impede de amar
Outra pessoa além de mim mesma
Sim, eu prefiro me amar
Questão de sobrevivência
Eu sou uma bomba atômica
Cheia de re_sentimento
E foi tu que encheu de pólvora
Coitado daquele que me conhecer depois de ti
Coitado

domingo, 21 de junho de 2015

sobre escolhas

quem eu escolhi?
aquele que me tira
do chão
aquele que é
errado
torto
mas que me sente
fala com os olhos
senão fosse assim
não seriam 9 anos

de espera
de encontro
não seria eu
né mesmo?

sábado, 20 de junho de 2015

sobre ser água

existe uma querência 
de tudo
que só quem
vive de água possui
eu tenho
vivo com ela
e não consigo 
mensurar
se é fome
sede
só sei que 
quando tento escrever
as palavras se diluem
apenas sinto
viro enxurrada
correnteza
incerteza


sexta-feira, 19 de junho de 2015

tempestade

quando o céu preteja
trovoa
relampeia
o vento forte 
anuncia:
lá vêm ela!
a força mora na água
que mata
fertiliza
inunda
me preenche

não tenho medo
enfrento
"eu gosto é do estrago"

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Eu sinto é paixão 
Gosto do estrago 
Combustão 
Me perder
Depois de encontrar 
Corpos, ah braços!
Num re lance..
Salto sem olhar
Não sinto a queda
Me alastro
E o que vier
Depois
Me refaço
Não sou do amor
E ele não é meu
Amor se constrói
Casa de alvenaria
E eu não tenho tijolos..


deusa das águas

Oxum é meu alento
em suas águas
me lavo
curo minhas feridas
renasço
graciosa mulher
que no seu ventre
me harmoniza
luz que irradia
meu ser
sol

nessa briga 
de água e ferro
a destreza nas correntes
liquidez
levará a melhor!
pois sou aquela
que não se agarra
nem se prende
quem pode deter
o que transborda? 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

deixar partir

A porta
Se fechou
Com o passado 
Nove anos
Nove dores 
E eu te deixo
Me permito partir
Não, não sinta
Deixe que eu sofro
Por nós
Faz parte
Do meu vício
Ter o que não é meu
Não venha
Nem queira mais
Já me esqueci
Já deixei
O que não deveria
Ser, existir
Hoje eu senti
O gosto salgado
Da sua ausência

segunda-feira, 1 de junho de 2015

lua cheia em escorpião

quando tudo
parece
tão complicado
dolorido
minha única 
vontade é
estar aí
ou aqui
nos seus braços
eu, sua fuga
você, meu refugio
apenas
ser e estar

(furor, frenesi)...

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...