segunda-feira, 18 de dezembro de 2017



Passou o efeito do álcool
E já não sinto mais
Vontade de te escrever
Foi tarde
Como naquele dia
Que despejei toda minha raiva
Num áudio de 9 minutos
Que você nunca ouviu
Sempre exagerada
Sempre
Disposta a sair de madrugada
Pra te encontrar num bar qualquer
E dizer que ainda sinto
Sinto muito, tanto
Sempre exagerada
Fazendo tempestades
Em doses de cachaça
Molhando o céu
Dá sua boca
Com lágrimas
Você sente falta
Dos rodopios na sua sala
Da bagunça nos cabelos
Soltos, compridos
Não corta nunca
Por favor
Eram corpos se contorcendo
E o cheiro de suor
No seu colchão
Nunca fui muito polida
Mesmo
Nem sou de deixar por menos
Deve ser por isso
Que corre na sua espinha
Um arrepio quando me percebe
Solta, em alguma esquina
Que não vai cruzar
Que não vai me encontrar
E não adianta mais, amor
Mandinga
Ebó
Não vai trazer nossa paixão
Nem outro verão
Nenhuma promessa de santo
Mas torço pra nossa Portela
Ganhar no próximo ano

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...