domingo, 21 de agosto de 2016

Eu sinto a chuva, o vento
Enquanto caminho sem pressa
A água fria, a ventania não me metem medo
São tantos pensamentos nessa mente geminiana, que por alguns minutos
Me permito sentir
Agradeço por toda essa bênção que me inunda e devasta, a qual pertenço!
Reparo nesse céu cinzento, que tem a cor dos seus olhos e não é clichê, é fato
E mesmo que não tenha mais seus cabelos
Cada folha que voa, longe..  me dá vontade de segurar entre os dedos
Deixar ir, como eu fazia em ti
E o vento carrega o aroma do buquê de rosas que levo nos braços
Com o alecrim e o manjericão na sacola
E de repente tudo é poesia de novo
Tudo é lembrança e saudade
Tudo é fome
E a vontade de me diluir nessa chuva
De sumir no vento
Chegar até aí
Levando a pele com cheiro de cravo e canela
O gosto de alecrim e manjericão na boca
Meu nome é fome, o seu é alimento
Juntos ou distantes, não importa
Você mora aqui, no meu verso...

(o que não salvei no rascunho)

     
                                   

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