As vezes
Dá uma vontade
Enorme
De ligar
Perguntando
"E aí, como você ta?"
As vezes
Vejo suas fotos
Lembro
De cada segundo
Daquele clique
As vezes
Sinto saudades
E choro
Então me lembro
Que tudo
Foi mentira
E volto a viver
Minha vida
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
caminho estamos agora? Desde do último beijo que te dei até o dia que vi você com outra mulher. Já não sei mais.
Eu tento todos os dias desenrolar as palavras que estão presas na minha garganta e não chorar mais por elas, não chorar mais por você e por tudo que vivemos, pelo que não vivemos.
Meu desejo era ser tua, e somente ser.
Sem regras, sem medo, sem mágoas.
Ter um céu azul no dia seguinte, acordar ao lado.
Mas nunca existiu céu, nunca existiu nos dois.
Voce pode achar que não me importo, ou que não ligo mais. A verdade é que decidi seguir meu caminho.
Se ele cruza com o seu, já não sei mais.
Cansei de esperar atingir seu coração com dedicatória em livros, perfumes, beijos e fotos.
Se nada disso te atinge.
Se meu amor não te atinge.
Nao há nada mais que eu possa fazer.
Nesse momento eu só sinto muito, tão profundamente como no dia que descobri que você havia casado com outra.
Nesse momento eu só imagino aquele dia
Meu coração quebrado e sem saber onde por os cacow
E imagino isso acontecendo novamente.
Então, Índio, que lugar eu tenho na sua vida que não seja em poucos minutos do seus dia?
Em segundos do seu pensamento?
Ou nas horas que você se sente só?
Seu sorriso ainda me alimenta, mas preciso viver do meu, com o meu.
Não posso mais.
Adeus.
Eu tento todos os dias desenrolar as palavras que estão presas na minha garganta e não chorar mais por elas, não chorar mais por você e por tudo que vivemos, pelo que não vivemos.
Meu desejo era ser tua, e somente ser.
Sem regras, sem medo, sem mágoas.
Ter um céu azul no dia seguinte, acordar ao lado.
Mas nunca existiu céu, nunca existiu nos dois.
Voce pode achar que não me importo, ou que não ligo mais. A verdade é que decidi seguir meu caminho.
Se ele cruza com o seu, já não sei mais.
Cansei de esperar atingir seu coração com dedicatória em livros, perfumes, beijos e fotos.
Se nada disso te atinge.
Se meu amor não te atinge.
Nao há nada mais que eu possa fazer.
Nesse momento eu só sinto muito, tão profundamente como no dia que descobri que você havia casado com outra.
Nesse momento eu só imagino aquele dia
Meu coração quebrado e sem saber onde por os cacow
E imagino isso acontecendo novamente.
Então, Índio, que lugar eu tenho na sua vida que não seja em poucos minutos do seus dia?
Em segundos do seu pensamento?
Ou nas horas que você se sente só?
Seu sorriso ainda me alimenta, mas preciso viver do meu, com o meu.
Não posso mais.
Adeus.
domingo, 16 de setembro de 2018
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Eu pensei em não te escrever.
Pensei em deixar tudo como está, e tudo bem.
Tá tudo bem.
Cada um vivendo sua vida, assim que deve ser.
Será? Não sei.
Sempre existiram dúvidas no meu coração.
Acho que por isso ele é selvagem, nem tanto indomável. Questão de ser e não estar.
Quem sabe?
Mas não vim falar sobre minhas dúvidas, vim falar de certezas.
E é certo que te machuquei e magoei muitas vezes, em várias situações que nem sequer percebi, e que isso também me machucou, muito.
As palavras saem do meu peito feito lâmina, cortando tudo que vê pela frente, as vezes tenho medo de mim mesma.
Mas são só palavras, não são sentimentos, são só palavras vazando de mim.
Nada do que disse é o que eu sinto.
E eu sei que você sabe.
Só sinto em ter que dizer isso, assim, escrito e ter perdido as oportunidades de me abrir, sem medo.
Minha impulsividade, minha paixão, é minha insensatez. Me perdoe, mas tudo é demais aqui dentro.
Não tô querendo justificar, mas já justificando, é que tua ausência sempre me inquietou, sempre me casou saudade e fome, sim, eu sinto fome.
E quando senti tão latente, tão forte, não tive outra opção a não ser gritar.
Gritar, xingar e odiar o mundo por não estar com você. Eu sei, não foi legal.
Mas é assim mesmo, e eu tento controlar.
Queria dizer também que a distância é uma aliada nossa.
Que o tempo é cura.
E que o passado não me importa mais.
Só desejo agora que daqui pra frente, pouco a pouco, a gente possa se encontrar num lugar mais leve, mais bonito, mais tranquilo.
Talvez seja mesmo no tempo da delicadeza, da amizade, do companherismo, ou só se ver na rua mesmo, se abraçar e dizer que tá tudo bem. "Até um dia, fica bem."
Mas será que consigo?
Será que um dia vou superar teus olhos?
Mais que a fome que arde em meu peito, são seus olhos na minha retina em tudo que vejo.
Não consigo dar adeus, no máximo só um até breve.
E também não sei terminar essa carta sem dizer que te amo.
Ornella Rodrigues. Vênus em touro. 2018.
Pensei em deixar tudo como está, e tudo bem.
Tá tudo bem.
Cada um vivendo sua vida, assim que deve ser.
Será? Não sei.
Sempre existiram dúvidas no meu coração.
Acho que por isso ele é selvagem, nem tanto indomável. Questão de ser e não estar.
Quem sabe?
Mas não vim falar sobre minhas dúvidas, vim falar de certezas.
E é certo que te machuquei e magoei muitas vezes, em várias situações que nem sequer percebi, e que isso também me machucou, muito.
As palavras saem do meu peito feito lâmina, cortando tudo que vê pela frente, as vezes tenho medo de mim mesma.
Mas são só palavras, não são sentimentos, são só palavras vazando de mim.
Nada do que disse é o que eu sinto.
E eu sei que você sabe.
Só sinto em ter que dizer isso, assim, escrito e ter perdido as oportunidades de me abrir, sem medo.
Minha impulsividade, minha paixão, é minha insensatez. Me perdoe, mas tudo é demais aqui dentro.
Não tô querendo justificar, mas já justificando, é que tua ausência sempre me inquietou, sempre me casou saudade e fome, sim, eu sinto fome.
E quando senti tão latente, tão forte, não tive outra opção a não ser gritar.
Gritar, xingar e odiar o mundo por não estar com você. Eu sei, não foi legal.
Mas é assim mesmo, e eu tento controlar.
Queria dizer também que a distância é uma aliada nossa.
Que o tempo é cura.
E que o passado não me importa mais.
Só desejo agora que daqui pra frente, pouco a pouco, a gente possa se encontrar num lugar mais leve, mais bonito, mais tranquilo.
Talvez seja mesmo no tempo da delicadeza, da amizade, do companherismo, ou só se ver na rua mesmo, se abraçar e dizer que tá tudo bem. "Até um dia, fica bem."
Mas será que consigo?
Será que um dia vou superar teus olhos?
Mais que a fome que arde em meu peito, são seus olhos na minha retina em tudo que vejo.
Não consigo dar adeus, no máximo só um até breve.
E também não sei terminar essa carta sem dizer que te amo.
Ornella Rodrigues. Vênus em touro. 2018.
terça-feira, 24 de abril de 2018
Não como
Não bebo
Melhor assim
Menos um kilo
Quem sabe assim
Ele ainda
Vai me amar
Não bebo
Não como
Melhor assim
Porque não tenho
Dinheiro
Pra pôr em casa
Não bebo
Não como
Melhor assim
Fico focada
No trabalho
Esqueço dos dias
Que estão por vir
Não bebo
Não como
Seca a garganta
Ronca o estômago
Mas sigo
Vertendo
Água salgada
Não bebo
Não como
Só
Adoeço
Padeço
2018.
sábado, 7 de abril de 2018
sexta-feira, 16 de março de 2018
Parei
De contar
Quantas camas frias
Já esquentei
Quantas
Bocas mentirosas
Beijei
Foram tantas
Inúmeras
Quedas
De joelhos
Em frente a membros
Mortos
Que pela minha
Oração
Entraram
No céu do gozo
Pelas minhas
Mãos
Pernas
Pela minha vulva
Sempre úmida
Todos
Se aqueceram
Se embriagaram
De mim
Até que
Saciados
Deixaram meu
Corpo
Meu coração
Cada vez mais
Gelado
quinta-feira, 15 de março de 2018
quarta-feira, 14 de março de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
domingo, 11 de março de 2018
sexta-feira, 9 de março de 2018
Ando falando de amor
Sim, comecei a sentir
Necessidade de cultivar afetos
Serei repetitiva, como sempre
Minha poesia fala de mim
Então será monótono
Como dias de chuva
Ando falando de amor
Sim, preciso lembrar
De regar meu coração pela manhã
E enfrentar a dureza
Do cotidiano
Não é fácil
Ando falando de amor
Porque tenho fé
Oxalá, meu rei
Oxum, minha mãe
Peço sua benção
E sigo firme
Ando falando de amor
Amor próprio cura!
quinta-feira, 8 de março de 2018
Fiz o santo
Mas o coração
Continuou o mesmo
Mas o coração
Continuou o mesmo
Sem governo, sem direção
Disposto a cair
Em qualquer cilada
E ele caiu
Sofrendo
Mergulhado em mágoas
Ele tentou nadar
Naufraguei
Enquanto meu ori
Insistia em me dar caminho
Desafiei sua orientações
Me contentando com pouco
Com menos
Tudo parecia sem gosto
Sem paixão
Não havia entrega
E eu sempre quero mais
Feita nas águas
Destinada a ser mar
Não represa
Deixei me levar pelo vento
Que não cansa
Que não cessa
Mas aprendo
Um dia eu aprendo
Por enquanto
Calma, c'alma!
Respiro
Tento de novo
Ouvindo o que orixá
Tem pra me dizer
Ouvindo o que orixá
Tem pra me dizer
Calma, tempo!
O percurso do rio é longo
Cuidado
Afeto
Desfazer
As amarras, tempo
Desacelerar
Meu coração, tempo
Sinto
Que tudo que emerge
Em mim, é força
Não há realmente nada
Barrando meu destino
Além de mim mesma
Cuidado
Fé
Água!
quarta-feira, 7 de março de 2018
terça-feira, 6 de março de 2018
domingo, 4 de março de 2018
Amores líquidos
Que entram
Pela garganta
Lubrificando
Palavras secas
Invadindo
Corações ésteres
Fertilizando
Artérias
Pra pulsar afetos
Mata a sede
Daqueles que sofrem
Durezas
Mágoas
Desertos
Sem sombra, luz
Trazendo
Pra alma
O alento
De suas águas
Límpidas
Correntes
Aprendendo
Que amar é seguir
Nutrindo corpos
Curando gente
Feito rio
Sempre em frente
sábado, 3 de março de 2018
sexta-feira, 2 de março de 2018
Escolhi amar
Apesar dos desenganos
Do corpo dolorido
Prefiro afeto
Que ter razão sobre tudo
Escolhi amar
Apesar de não ter
A mesma cor
A mesma história
A mesma classe
Prefiro ter as mãos unidas
Do que corações apartados
Escolhi amar
Apesar de estar incompleta
De ser incompreendida
Indomável
Porque amar
É sentimento
Somente
Pra ser sentido
Mais nada
Do que corações apartados
Escolhi amar
Apesar de estar incompleta
De ser incompreendida
Indomável
Porque amar
É sentimento
Somente
Pra ser sentido
Mais nada
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Não cansa?
Tanta briga
Tanta luta
Pra quê tanto
Pranto
Não cansa?
Ter razão
Sobre tudo
Sem ter dúvidas
Não cansa?
Ser dono
Do todo
Não dividir nada
Mesmo que
Seja pouco
Não cansa?
Ser sozinho
Sem caminho
Carinho
Não cansa?
De ferro de ferro
Ser lâmina
Que corta
O inimigo
O amor
O amigo
Não cansa?
Eu me canso, sempre
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Vai passar
Uma, duas
Semanas
Até não sentir
Mais
Sua pele
Cheiro de mato
Misturado com alfazema
Vai passar
Um, dois
Três anos
Até que seus olhos
Fujam
Da minha retina
E se tornem
Uma imagem distorcida
Vai passar
Eu sei
Nem que seja
Por algumas horas
Feito temporal
Em tarde de verão
Até que não sobre
Nada de você
Em mim
Até que não fique
Mais nada
Nem lembrança boa
Ou ruim
Mas vai passar
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
acordei com
a melancolia
típica
da minha
lua em touro
hoje não tem sol
então
seu sorriso veio
iluminar minha memória
trazendo o gosto
da cerveja
e das conversas
jogadas fora
depois
veio a sensação
de vazio
lembrei que não
foi só papo furado
nem ponta de cigarro
que foi pro lixo
meu coração
em pedaços
sem conserto
jazz
no saco preto
com camisinhas e sonhos
não reciclados
dias assim é melhor
nem existir
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Foi num domingo
No meio de um panelaço
Que você me viu pela primeira vez
Disse que eu parecia de Yemanjá
Foi num domingo
Que entrei na sua casa
Você me ofereceu vinho
Perguntou se eu tinha fome
E me ofereceu um lugar pra sentar
Foi num domingo
Que conversamos sobre candomblé
Sobre nossas perdas, sonhos
Reclamou do calor
E me deu um leque de presente
Foi num domingo
Que parada na sua cozinha
Enquanto você preparava pasta
Fiquei te admirando
Mexer nas panelas, nos cabelos
Foi num domingo
Que você olhou nos meus olhos
Pedindo um beijo
Toquei pela primeira vez seu corpo
Sentido meu coração e o seu pulsar
Foi num domingo
Que sentei na sua mesa de jantar
Comi sua comida
Depois deitei na sua cama
E desejei nunca mais sair de lá
Foi num domingo
Que se prolongou até a segunda
Durando um ano inteiro
Entre idas e vindas
Sonhos e desilusões
Começo e meio
Sem final feliz
Março, 2015.
O som do seu violão
Rasgando minha pele
Feito mormaço
Seu braço
Ainda pesa sobre minhas costas
Sinto o cheiro do cigarro
Pela sala, quarto
Seu cheiro
Impregnado nos lençóis
Que cilada
Ter te encontrado, assim
Do nada
E ter feito dos meus dias
Todos seus
Ser tua mulher
Amiga, amante
Desejando somente
Meia hora
Ou um instante
Seu corpo junto ao meu
Morar na sua boca
Feito cigarro de maconha
Te fazer viajar
Esquecer do trabalho
Da sua família
Esquecer de tudo
E ser seu tudo
Era só o que queria
Rasgando minha pele
Feito mormaço
Seu braço
Ainda pesa sobre minhas costas
Sinto o cheiro do cigarro
Pela sala, quarto
Seu cheiro
Impregnado nos lençóis
Que cilada
Ter te encontrado, assim
Do nada
E ter feito dos meus dias
Todos seus
Ser tua mulher
Amiga, amante
Desejando somente
Meia hora
Ou um instante
Seu corpo junto ao meu
Morar na sua boca
Feito cigarro de maconha
Te fazer viajar
Esquecer do trabalho
Da sua família
Esquecer de tudo
E ser seu tudo
Era só o que queria
Por tantas vezes
Larguei meus problemas
Meus compromissos
Contas pra pagar
E fui correndo te ver
Desejo
Saudade
Da sua voz de sereia
Me pedindo café e pão
Eu era o próprio vento
Alastrando brasa
Cheia de paixão
Esbarrava nas pessoas pela rua
Torcia o pé nos buracos
De São Vicente e sorria
Admirando a lua
Por tantas vezes
Esqueci da vida
Pra me largar
Na sua sala
Beber seu café amargo
E te amar na sua cama
Ofegante, faminta
Meu coração
Feito escola de samba
Só a espera da sua harmonia
Por tantas vezes
Larguei meus problemas
Esqueci da vida
Me entreguei inteira
Só pra viver
Aquele momento
Só pra viver
Um sonho
Só pra ser
Tua preta
Larguei meus problemas
Meus compromissos
Contas pra pagar
E fui correndo te ver
Desejo
Saudade
Da sua voz de sereia
Me pedindo café e pão
Eu era o próprio vento
Alastrando brasa
Cheia de paixão
Esbarrava nas pessoas pela rua
Torcia o pé nos buracos
De São Vicente e sorria
Admirando a lua
Por tantas vezes
Esqueci da vida
Pra me largar
Na sua sala
Beber seu café amargo
E te amar na sua cama
Ofegante, faminta
Meu coração
Feito escola de samba
Só a espera da sua harmonia
Por tantas vezes
Larguei meus problemas
Esqueci da vida
Me entreguei inteira
Só pra viver
Aquele momento
Só pra viver
Um sonho
Só pra ser
Tua preta
Será possível
O amor sobreviver
No mar revolto
Das emoções
Seguir em frente
Apesar de
Tantos temporais
Será possível
Um corpo
Comportar outro
Não fazer dele cais
Somente abraçar
Suas fraquezas
Suas marcas
Fazer desse momento
Encontro de almas
Será possível
Viver sem tormentas
Longe das armadilhas
De possuir
De dominar
Será possível
Viver uma paixão
E se dar cada segundo
Amar cada minuto
Sem querer guerra
E ter no coração
Somente
A deliciosa festa
Regada a poesia e música
Será então
Utopia
Esperar que haja
No mundo uma sintonia
Que permita encontrar
Alguém que queria
Dividir
Quarto, banho e comida
Não pra querer
Roubar minha paz
Mas pra trazer
Em minha vida
Sons de rios, mar
Brisa entrando pela janela
Será possível?
O amor sobreviver
No mar revolto
Das emoções
Seguir em frente
Apesar de
Tantos temporais
Será possível
Um corpo
Comportar outro
Não fazer dele cais
Somente abraçar
Suas fraquezas
Suas marcas
Fazer desse momento
Encontro de almas
Será possível
Viver sem tormentas
Longe das armadilhas
De possuir
De dominar
Será possível
Viver uma paixão
E se dar cada segundo
Amar cada minuto
Sem querer guerra
E ter no coração
Somente
A deliciosa festa
Regada a poesia e música
Será então
Utopia
Esperar que haja
No mundo uma sintonia
Que permita encontrar
Alguém que queria
Dividir
Quarto, banho e comida
Não pra querer
Roubar minha paz
Mas pra trazer
Em minha vida
Sons de rios, mar
Brisa entrando pela janela
Será possível?
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Verto mágoas
Pelas ruas
De Santos
Seco
Minhas lágrimas
Chove em mim
Molhando meu corpo
Anoiteço
E a cidade me devora
Me mastiga
Cospe fora
Verto mágoas
Pelas ruas
De Santos
Sou órfã
Sou a amante abandonada
Mulher
Sem rosto
Sem carinho
Essa cidade
Me bebe
Me fode
Me ignora
Até que eu fique seca
Até que eu me perca
Por seus canais
Pelas ruas
De Santos
Seco
Minhas lágrimas
Chove em mim
Molhando meu corpo
Anoiteço
E a cidade me devora
Me mastiga
Cospe fora
Verto mágoas
Pelas ruas
De Santos
Sou órfã
Sou a amante abandonada
Mulher
Sem rosto
Sem carinho
Essa cidade
Me bebe
Me fode
Me ignora
Até que eu fique seca
Até que eu me perca
Por seus canais
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Acordar
Ver seu rosto na parede
Pedir um beijo
Um abraço
Sonho ou não?
Coração apertado, de novo
Penso nas palavras que não disse
Garganta até fecha
Querendo gritar
Melhor não
Deixa pra lá
Melhor esquecer
Mandar se fuder
Silêncio
Tem que levantar, Ornella
A vida te chama
Tem que dar comida pra gata
Limpar o banheiro
Por roupa no varal
A vida não espera
Mas primeiro
Lave o rosto e vá bater paó
Faça sua prece
A Oxum e Oxalá
Peça Ago
Pelos seus desalinhos
Peça Ago
E siga em frente
Ver seu rosto na parede
Pedir um beijo
Um abraço
Sonho ou não?
Coração apertado, de novo
Penso nas palavras que não disse
Garganta até fecha
Querendo gritar
Melhor não
Deixa pra lá
Melhor esquecer
Mandar se fuder
Silêncio
Tem que levantar, Ornella
A vida te chama
Tem que dar comida pra gata
Limpar o banheiro
Por roupa no varal
A vida não espera
Mas primeiro
Lave o rosto e vá bater paó
Faça sua prece
A Oxum e Oxalá
Peça Ago
Pelos seus desalinhos
Peça Ago
E siga em frente
Sendo
Água e vento
Água e vento
Esqueça as poesias
Cartas não enviadas
E os telefonemas
Que não dei
Esqueça também
As palavras que não disse
Olhares desviados
Ou quando
Não toquei suas mãos
Esqueça
Se não te abracei com força
Se recusei teu beijo
Se fui embora
Quando me pediu pra ficar
Esqueça tudo
E faça do agora
Todos os momentos
Perdidos
Todas os versos
Não escritos
Agora, digo
Que te amo
Cartas não enviadas
E os telefonemas
Que não dei
Esqueça também
As palavras que não disse
Olhares desviados
Ou quando
Não toquei suas mãos
Esqueça
Se não te abracei com força
Se recusei teu beijo
Se fui embora
Quando me pediu pra ficar
Esqueça tudo
E faça do agora
Todos os momentos
Perdidos
Todas os versos
Não escritos
Agora, digo
Que te amo
sábado, 17 de fevereiro de 2018
A chuva caindo
Soa como lamento
No telhado
Ao meu lado
O café esfria
Enquanto me perco
Olhando sua foto
Impressa na retina
Queria esquecer
Lágrimas brotam
Do meu peito
Escorrendo pelo seio
Que você tanto admira
Vou me diluindo
Querendo morar no seu dia
Ser seu sol
Sua guia
Luz no seu olhar
Sua indiferença, punhal
Corta minha pele
Fere, sem curar
Meu coração é céu cinzento
Nem parece carnaval
Nem parece amor
Onde tudo é permitido
Menos chorar
Soa como lamento
No telhado
Ao meu lado
O café esfria
Enquanto me perco
Olhando sua foto
Impressa na retina
Queria esquecer
Lágrimas brotam
Do meu peito
Escorrendo pelo seio
Que você tanto admira
Vou me diluindo
Querendo morar no seu dia
Ser seu sol
Sua guia
Luz no seu olhar
Sua indiferença, punhal
Corta minha pele
Fere, sem curar
Meu coração é céu cinzento
Nem parece carnaval
Nem parece amor
Onde tudo é permitido
Menos chorar
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Sobre plagiadores
Podem copiar
Mas nunca serão
Carne dura
Coração mole
Peito aberto
Tempestade
Pode colar
Mas não ficarão
Pele preta
Cabeça aberta
Quente
Como vento de Oya
Pode desejar
Mas nunca terão
Brilho de ouro
Peso
Só as escolhidas
São coroas por ela
Oxum no sangue
Oxalá, meu rei
Só existe um caminho
Uma estrada
Só existe
Uma Ornella
Filha de Ondina e Orlando
Fique alerta!
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Ainda sentia na pele
O calor do seu abraço
Era tarde da noite
Não havia outro caminho
Além dos trilhos do VLT
Cheio de craqueiros
Ou a ponte dos Barreiros
E seus bêbados
Sigo com fé
Coração longe
Lembrando do quanto
Tenho sorte
Ogum vai na frente, sempre
No meu peito
Sinto o peso do seu corpo
Ainda quente
Forte
Na boca
Gosto de pó e cerveja
Doce, amargo
Mistura explosiva
De tesão e ódio
Segue meus pensamentos
Cruzando
A praça da Santa
Perdida, inquieta
Peço mais um vez
Não solta a minha mão
Outro beijo
Um abraço
Será que existe amanhã
Pra nós?
Não teve..
Fiz da cidade
Meu corpo
Nela
Entreguei meus desejos
Minhas vontades
Beijei a boca dos homens
Como se fosse
Seu asfalto
Senti suas valas
Correndo
Nas minhas veias
Como sêmen
Do homem amado
Fiz da cidade
Minha religião
Despachei meus ebós
Feitos de amor e fé
Rodei por suas ruas
Em busca de abraços
De laços
Não tenho paradeiro
Nem governo
Fiz da cidade
Minha poesia
Deitei na cama
Dos infiéis
Bebi seu sangue, sua saliva
Derramei sobre lençóis
Minha alma
Minhas lágrimas
Transformei toda dor
De amor
Em frases sem sentido
Cantei para estranhos
Baladas secretas
Fiz da cidade
Meu tudo, meu nada
E por viver nela
Assim, tão descuidada
Me sinto estuprada
Por aqueles
Que não souberam me amar
Segue meu lamento
Segue meu coração
Destroçado
Como os jardins da praia
Abandonados
Na solidão
Meu corpo
Nela
Entreguei meus desejos
Minhas vontades
Beijei a boca dos homens
Como se fosse
Seu asfalto
Senti suas valas
Correndo
Nas minhas veias
Como sêmen
Do homem amado
Fiz da cidade
Minha religião
Despachei meus ebós
Feitos de amor e fé
Rodei por suas ruas
Em busca de abraços
De laços
Não tenho paradeiro
Nem governo
Fiz da cidade
Minha poesia
Deitei na cama
Dos infiéis
Bebi seu sangue, sua saliva
Derramei sobre lençóis
Minha alma
Minhas lágrimas
Transformei toda dor
De amor
Em frases sem sentido
Cantei para estranhos
Baladas secretas
Fiz da cidade
Meu tudo, meu nada
E por viver nela
Assim, tão descuidada
Me sinto estuprada
Por aqueles
Que não souberam me amar
Segue meu lamento
Segue meu coração
Destroçado
Como os jardins da praia
Abandonados
Na solidão
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
A chuva que bate
Fazendo som de lamento
No telhado
O café esfria ao meu lado
Enquanto olho sua foto
No celular
Lágrimas brotam
Do meu peito
Escorrendo pelo seio
Que você tanto admira
Vou me diluindo
Querendo morar no seu dia
Ser seu sol, sua guia
Luz no seu olhar
Mas a mensagem
Que ainda não foi respondida
Dói na minha carne
Com sua indiferença, punhal
Nem parece carnaval
Nem parece amor
Onde tudo é permitido
Menos chorar
2018.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
Quantas coisas deixei
Pelo caminho
Por causa de minhas dores
Livros que parei de ler
No primeiro capítulo
Planos que deixei
Como rascunhos
Amores que larguei
Com medo da rejeição
Tenho dificuldade de aceitar
Os obstáculos
As pedras que surgem
No percurso do rio
Cansam, esgotam
Então deixo a razão
Me levar
Talvez seja esse meu destino
Talvez seja a minha lição
Ser filha das águas
Mas confesso ser tão árduo
Difícil carregar
O peso do mundo
Tendo um coração
Tão imenso
Tão líquido
Como um mar aberto
2018.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
No tempo
Em que tudo era
Certeza
Caminho aberto
Entre ferro e ouro
Tudo tinha gosto
De mel e dendê
Ela andava altiva
Com fé
No tempo
Em que tudo era
Certeza
Suas mãos
Abraçavam o mundo
Não havia lugar
Pra choro, nem tristeza
No tempo
Em que tudo era
Certeza
Sua voz vibrava
A coragem era seu nome
Não havia medo
Em seu olhar
No tempo
Em que tudo era
Certeza
Ela ignorou sua essência
Se jogou no abismo
Nunca mais foi a mesma...
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
De todos que entraram
No meu coração
Você foi o único
Que chegou
Sem pedir nada
E partiu
Sem deixar mágoa
Você com seu sorriso doce
Olhar de menino
Um jeito de falar
Tão tímido
Por trás de uma
Máscara de durão
Derrubou
Todas as minhas defesas
Me fez ir pro céu
Tantas vezes
Que não queria te deixar
Partir
Mas foi...
Hoje eu sei
Que seu coração
Devia tá machucado
Sei também
Que não conseguiria curá-lo
Mas você me salvou
De mim
Da fome que brotava
Em meu corpo
E cada encontro tinha
Um gosto de quero mais
Minha vontade
Era de começar esse poema
Com seu nome
E terminar dizendo
Que você não foi pouco
Foi o suficiente
Pra que eu fizesse
Tantos poemas
Pra eu nunca mais
Te esquecer
sábado, 13 de janeiro de 2018
Dois corpos
Sedentos
Se devorando
Tao porfunfamente
Como de quisessem
Engolir o outro
Dois corpos
Transbordando
Suor e gozo
Salivas e lágrima
De outros dias
Sobre outros amores
Dois corpos fartos
Das lutas e cortes
Querendo apenas
Ter a sorte
De paixões infinitas
De olhares
Arrebatadores
E eles se completam
Se fundem
Se fodem
Se amam
Até que não haja mais
Tempo
Até que não sintam mais
Medo
Sendo água
Sendo açude
Sendo alento
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Então você voltou
E não encontrou
Quem deixou
Pra trás
Chegou cheio
De vontades
Querendo um passado
Que não volta mais
Sem chão
Sem lar
Sem lugar
Resta somente
As lembranças
Boas, ruins
Cada verso rasgado
Do meu peito
Ainda
Dormente
Quente
Imploro
Não me olhe
Assim
Não me pega
Na minha mão
Não promete nada
Que não possa cumprir
Volte pro lugar
Pra aquela mulher
Que você disse amar
Me deixe aqui
Em paz
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Poesia
A gente sente
Como o sabor
Do vinho
Perfume
No corpo
Barulho
De chuva
Poesia é lembrança
Poesia
Se sente
Como desejo
Vontades
Não se explica
Simplesmente
Acontece
Como
Um sorriso
Uma lágrima
Um adeus
Poesia é saudade
Poesia é tudo
Corpo todo
Dos pés
Ao coração
Pulsando
Não é pra entender
Porque existem coisas
Só pra serem
Sentidas
E ponto
Outubro, 2016.
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